No início do século XIX, as revoluções burguesas do século
anterior encontravam-se ameaçadas pelas forças conservadoras do feudalismo em
decomposição, representadas pela nobreza e pelo clero, ansiosas para restaurar
o absolutismo e excluir a burguesia do poder político. O embate dessas forças
desencadeou, em 1830 e 1848, grandes movimentos liberais e nacionais. Iniciados
na França, logo se estenderam por outros países europeus.
A partir de 1848, o proletariado procurava expressar sua
própria ideologia, oposta ao pensamento liberal e inspirada de início no
socialismo utópico, deixando mais clara a cisão entre burgueses e proletários.
Proletariado: do latim proletarius, “do povo”, “das classes
desfavorecidas”. Por sua vez proletarius vem de proles, “prole”, “descendência”,
“filhos”. Ou seja, os pobres são “ricos” de filhos.
Nesse período agravou-se a situação social em decorrência
das transformações na economia, decorrentes da passagem à grande indústria e ao
capitalismo de monopólio. Configurava-se, então, em todos os seus contornos, a
nova classe do proletariado.
Com o surgimento do proletariado:
- As cidades inchavam com a massa de operários mal
acomodados em moradias precárias;
- Trabalhos em fábricas insalubres;
- Baixos salários;
- Miséria;
- Jornada de trabalho excessiva;
- Exploração de mão de obra infantil.
As criticas ao liberalismo resultaram da constatação de que
a livre concorrência não trouxera o equilíbrio prometido, ao contrário,
instaurara uma ordem injusta e imoral. Além disso, se o liberalismo clássico
enfatizara a liberdade individual, as novas teorias exigiam a igualdade, não
apenas formal, mas real, contrapondo o socialismo ao individualismo burguês.
Contra a hierarquia das fábricas:
- Os operários criaram organizações que negavam o paternalismo;
- Desenvolveram a luta para a formação da consciência de
classe;
- Emancipação do proletariado;
- Criação de sindicatos, conselhos operários, comissões de
fábrica, comitês de greve e jornais operários;
- Fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores, em
Londres, em 1864.
Nesta charge, de 1848, o homem do povo, com o barrete frígio, símbolo do regime republicano na França, expulsa o burguês que o explora: "Vá dependurar-se em outro lugar!"
O vagão da terceira classe (1862), de Honoré Daumier. No século XIX, Daumier fez uma dura crítica social às condições de vida a que estavam relegados os trabalhadores.
Nome: Mateus Oliveira Santana
Número: 32
Série: 2º ano A
Disciplina: Filosofia
Grupo: Capítulo 26