segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Origem do Proletariado - Filosofia


No início do século XIX, as revoluções burguesas do século anterior encontravam-se ameaçadas pelas forças conservadoras do feudalismo em decomposição, representadas pela nobreza e pelo clero, ansiosas para restaurar o absolutismo e excluir a burguesia do poder político. O embate dessas forças desencadeou, em 1830 e 1848, grandes movimentos liberais e nacionais. Iniciados na França, logo se estenderam por outros países europeus.

A partir de 1848, o proletariado procurava expressar sua própria ideologia, oposta ao pensamento liberal e inspirada de início no socialismo utópico, deixando mais clara a cisão entre burgueses e proletários.

Proletariado: do latim proletarius, “do povo”, “das classes desfavorecidas”. Por sua vez proletarius vem de proles, “prole”, “descendência”, “filhos”. Ou seja, os pobres são “ricos” de filhos.

Nesse período agravou-se a situação social em decorrência das transformações na economia, decorrentes da passagem à grande indústria e ao capitalismo de monopólio. Configurava-se, então, em todos os seus contornos, a nova classe do proletariado.

Com o surgimento do proletariado:

- As cidades inchavam com a massa de operários mal acomodados em moradias precárias;

- Trabalhos em fábricas insalubres;

- Baixos salários;

- Miséria;

- Jornada de trabalho excessiva;

- Exploração de mão de obra infantil.

As criticas ao liberalismo resultaram da constatação de que a livre concorrência não trouxera o equilíbrio prometido, ao contrário, instaurara uma ordem injusta e imoral. Além disso, se o liberalismo clássico enfatizara a liberdade individual, as novas teorias exigiam a igualdade, não apenas formal, mas real, contrapondo o socialismo ao individualismo burguês.

Contra a hierarquia das fábricas:

- Os operários criaram organizações que negavam o paternalismo;

- Desenvolveram a luta para a formação da consciência de classe;

- Emancipação do proletariado;

- Criação de sindicatos, conselhos operários, comissões de fábrica, comitês de greve e jornais operários;

- Fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores, em Londres, em 1864.

Nesta charge, de 1848, o homem do povo, com o barrete frígio, símbolo do regime republicano na França, expulsa o burguês que o explora: "Vá dependurar-se em outro lugar!" 

O vagão da terceira classe (1862), de Honoré Daumier. No século XIX, Daumier fez uma dura crítica social às condições de vida a que estavam relegados os trabalhadores.


Nome: Mateus Oliveira Santana
Número: 32
Série: 2º ano A
Disciplina: Filosofia
Grupo: Capítulo 26




sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Poder, política e Estado no Brasil - Capítulo 12

Por mais de 300 anos, enquanto na Europa constituíam-se Estados absolutistas e depois liberais, o Brasil permaneceu como colônia de Portugal (submetido ao Estado português).

Absolutismo: O Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa (em geral, um monarca) deve deter um poder absoluto, isto é, independente de outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso ou eleitoral.
Liberalismo: Liberalismo é a forma ao mesmo tempo racional e intuitiva de organização social em que prevalece a vontade da maioria quanto à coisa pública, e que está livre de qualquer fundamento filosófico ou religioso capaz de limitar ou impedir a liberdade individual e a igualdade de direitos.

Com a independência em 1822, instituiu-se no Brasil um Estado monárquico do tipo liberal, mas ainda possuía uma grande contradição, que perduraria por mais 66 anos: a escravidão.
Após a proclamação da República em 1889, o Estado brasileiro assumiu diversas feições, caracterizando-se como oligárquico (governo de poucas pessoas), ditatorial (ditadura) e liberal, sempre à sombra dos militares. 


A partir da Constituição de 1988 o país passou a conviver com a perspectiva de um Estado democrático duradouro, mas também com uma política econômica neoliberal (pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, privatização de empresas estatais, livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, abertura da economia para a entrada de multinacionais, adoção de medidas contra o protecionismo econômico, diminuição dos impostos e tributos excessivos e etc.)

O presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães, apresenta a Constituição em 5 de outubro de 1988.

O Estado até o fim do século XIX


O Brasil conheceu várias formas de organização do Estado, de acordo com os caminhos que a história política do país traçou.


Entre 1500 e 1822: Todas as decisões políticas relacionadas à colônia de Portugal na América eram tomadas pelo soberano português, que mantinha um Estado absolutista; os moradores da colônia só cumpriam as decisões. Foi assim que aconteceu com praticamente todas as iniciativas daquela época, desde a implantação das capitanias hereditárias (consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares, que passavam de pai para filho), até a instituição do Governo Geral (centralização da administração colonial). Ou seja, toda a estrutura de poder na colônia estava ligada diretamente ao rei de Portugal.

O beija-mão real no Rio de Janeiro, durante o período joanino (1808-1822).


Aluno: Mateus Oliveira Santana
Nº: 32
Série: 2º ano A
Disciplina: Sociologia
Grupo: Capítulo 12